Siga o dinheiro! Ei, era o seu dinheiro.
Em tempos de CPI, investigações, veja só o que descobriram nos EUA, e que afeta o seu bolso.
Apesar da história completa iniciar bem antes, vamos analisar apenas anos mais recentes das movimentações.
Já deverá ser suficiente para você visualizar o cenário de ação de forma mais ampla.
Há muitas frentes simultaneamente abertas.
É uma corporação com uma liquidez de caixa capaz de comprar países inteiros.
Ninguém brinca em serviço.
Processo antitruste e tomada de consciência
Em 1998, a M$ começou a ser processada pelo Departamento de Justiça (DoJ) norte americano, num processo que "aglutinou" vários processos movidos em Estados americanos.
Com isso, a M$ percebeu a necessidade de atuar no cenário político também.
Você poderá ver a cobertura completa dos processos envolvendo a M$ na seção MS litigation do site Groklaw.
Com a eleição de Bush, o processo acabou em pizza, como dizemos por aqui.
E o que a eleição de Bush tem com isso?
Continue lendo com atenção.
Constatação de um novo tipo de competidor
Não muito depois, ela constatou que havia um tipo completamente novo de competidor no mercado.
Para quem ainda não conhece o histórico, é fundamental ler atentamente todos os documentos, inclusive o FAQ onde se demonstra a autenticidade, da seção "Hallloween" deste site aqui para ter uma perspectiva global da história, ao longo dos anos.
É muito importante você conhecer história, pois alguns acontecimentos e atitudes são previsíveis num contexto.
Abertura da frente política e legal
Depois de você ter lido os documentos nos sites citados, você já começa a entender porque a M$ resolveu abrir mais duas frentes de ação relacionadas, a política e a legal.
Até o caso antitruste, ela não tinha influência política nem uma atitude muito proativa no cenário legal.
Lobby é regulamentado nos EUA
Uma diferença fundamental no quebra-cabeças é que a atividade do lobby é legal e regulamentada nos EUA.
Não há empecilho legal a pessoas físicas e jurídicas, desde que declarado aos órgãos devidos, em doar dinheiro a políticos a qualquer tempo.
Não apenas em campanhas eleitorais.
A qualquer tempo.
Este site aqui faz uma boa cobertura do assunto.
Doações da M$
Você pode ver em alguns sites como as doações dela (e outras) a políticos aumentaram geometricamente.
Este site aqui se dedica a analisar as doações legais a políticos.
Neste outro site aqui, você pode ver as listagens de contribuições durante as eleições de 1993 a 2002.
Adivinhe se houve doação para a campanha do Bush.
Influência no processo antitruste?
Assim que Bush assumiu, depois daquela "estranha" eleição de 2000 (você já viu o documentário do Michael Moore?), o governo dos EUA, que era parte de direito no processo antitruste, "magicamente" decidiu deixar de lado essa querela.
Ficou em banho maria, desistiu de muitas sanções e só faltou mandar arquivar o processo, que já estava nos estágios finais.
Será que houve alguma influência?
Patentes e sistema legal
Se você leu todos os documentos e fontes de informações até aqui citados, já percebeu que a M$ em data recente entendeu que não tinha mais como competir e vencer tecnicamente o novo competidor.
Vencer o oponente no campo dele, no jogo dele, e com as regras dele?
O mais surpreendente era que pareciam ser as regras dela também, até então.
Por isso ficaram desconcertados por algum tempo. Não muito.
Se o produto do concorrente é melhor, mais rápido, mais estável, mais flexível, mais seguro, mais barato, dá mais liberdade, mais opções, exige menos recursos, tem várias fontes de prestadores de serviços, formou várias fontes de suporte alternativas, e evolui muito mais rápido do que pode acompanhar, como se pode competir?
Logo percebeu que tinha de trazer a ação para outro campo, onde ainda era forte.
Um rápido inventário e descobriu os pontos fortes:
Patentes
A esquizofrênica lei de patentes americana que está sendo empurrada na Europa e querem fazer o Brasil engolir também. Já exportada para alguns países.
E o patenteamento de formatos e protocolos de arquivos e comunicações.
Não apenas dos programas.
Mas da comunicação.
É como patentear um idioma: ninguém mais poderá falar ou escrever português sem ter licença e ou pagar direitos de uso. Qualquer texto ou fala.
O governo da Noruega já percebeu a gravidade desse problema e anunciou sua decisão de adotar somente formatos abertos.
O sistema de patentes é tão absurdo que um advogado de patentes conseguiu patentear a roda.
Para entender, até com exemplos visuais, o tamanho do problema, é indicado examinar este site No Software Patents.
Uma explicação simplificada do termo muito impreciso "propriedade intelectual" pode ser vista aqui.
O termo vago confunde conceitos legais diferentes de marca registrada, direito autoral e patente. E quanto mais confusão, melhor fica para os espertos levarem vantagem em tudo.
Para você ter uma cobertura completa e análise do assunto, recomendo ler a seção de patentes do site Groklaw.
Para o jogo funcionar, é preciso patentear tudo, até o que já foi inventado por outros.
Como você pode constatar nos sites mencionados.
Uma informação importante é que depositar uma patente nos EUA e Europa é muito mais caro que no Brasil.
A última informação que tenho é que custava algo como US$ 20000.
Uma pequena e média empresa não tem como entrar nesse jogo.
As grandes empresas têm cacife e usam como tática de mútua destruição assegurada, a mesma da guerra fria.
"Eu não te processo se você não me processar. E você sabe que tenho poder de fogo. Então fica assim."
Padrões oficiais
Com patentes, outro flanco é atacar os padrões oficiais, "inserindo" patentes neles.
Você pode ler uma análise completa deste tipo de ação aqui.
Ética é apenas um ponto de vista.
E isso já foi demonstrado na vergonhosa história do SenderID, que você pode ver aqui, ressucitando das profundezas.
Agora está sendo tentado no formato XML, inventado por outros, que a M$ patenteou estendido no uord*.
Se a tática de "inserir" patentes nos padrões não funcionar, ela sempre pode voltar à comprovada tática de adotar, estender, distorcer, matar ou tornar refém.
O último passo é que pode variar, dependendo da estratégia em relação a algum padrão.
Por exemplo, pode querer destruir, como no caso do Java. A M$ foi proibida de usar o nome Java de tanto que deturpou a máquina virtual.
Ou pode querer tornar refém, como as medonhas modificações na autenticação de segurança Kerberos.
Para funcionar, ela alavanca a ação em sua máquina de marketing e na sua base instalada legada, já refém.
Percebeu como as táticas variadas se unem numa estratégia global?
Sistema legal
Leis e investigações
É nesse ponto que as peças começam a se montar, para formar o arsenal a ser usado nos passos seguintes.
Leia o artigo M$ attack money e você verá as descobertas medonhas que fizeram nos EUA.
Processos com base nas leis atuais
A SCO, uma empresa em fim de ciclo de vida, entrou num estranho jogo jurídico de processar seus próprios clientes, financiada com injeção de capital direta e indiretamente relacionada a M$ (vide a Baystar). Isso nem mais está em discussão.
Houve a tentativa de usar as leis existentes para de alguma forma declarar software livre ilegal nos EUA.
Surgiu um web log dedicado a esmiuçar as firulas legais e fazer uma investigação colaborativa , o Groklaw.
Com as provas trazidas à luz pelos milhares de participantes do site, nem uma vírgula tem escapado sem análise.
E o processo da SCO afunda, e se arrasta desesperadamente para mantê-la viva.
Ninguém acredita muito que vá chegar a algum lugar diferente do encerramento da SCO.
Bom, se com as leis atuais não conseguiu, o que fazer?
Simples, novas leis.
Processos com base nas leis futuras
Se você leu os documentos nos sites mencionados nos ítens anteriores, já percebeu que a M$ tem os meios e recursos para providenciar novas leis.
No final do documento citado no item "leis e investigações" você pode ver que até subsecretários de Estado estão de alguma forma ligados à M$.
Também já leu no item sobre Patentes que o lobby na Comunidade Européia atingiu proporções vergonhosas mesmo.
E lá não é regulamentada a atividade de lobby.
Todo mundo vê, todo mundo sabe, aparece na imprensa os nomes de todo mundo e acaba em pizza.
A empresa visa formar o arsenal jurídico para partir para o ataque no flanco legal com as leis aprovadas conforme sua conveniência.
O que isso impactará as pequenas empresas ( proprietárias também) e a comunidade livre?
A defesa num processo de patentes pode custar US$ 1milhão por ano nos EUA.
Isso é pago antes do julgamento.
Quantas pequenas empresas podem se defender contra apenas um processo de patentes?
Ela poderia recuperar depois de ganhar, digamos.
Mas e o capital de giro durante os anos (média 3) para julgar o processo?
E já que patentearam o duplo clique do mouse, a barra de rolagem, e até a instrução de programação "se A não é igual a B" (conceito, algoritmo, em todas as linguagens, até futuras), quantos processos uma micro empresa terá de se defender para desenvolver um programa de folha de pagamento?
Note, não é a aparência ou codificação (que já é protegida por direito autoral) o que patenteiam é a IDÉIA, O CONCEITO.
Lá até se patenteia idéia de negócios!
"Ninguém mais vai vender CD em banca de jornais, porque fulano patenteou o conceito."
"Ninguém mais vai fazer empréstimos a aposentados, porque Sicrano patenteou o conceito."
Logo, logo, até para ir na feira livre se deverá estar assessorado por um advogado.
Abertura de frente na Mídia
As aparições e citações na imprensa precisam ser favoráveis.
Com tanto caixa, acabou se tornando o maior anunciante de vários veículos.
Inclusive, possui alguns, como a MSNBC.
Você viu num artigo citado que Melinda French Gates possui assento no conselho diretor do tradicionalíssimo Whashington Post.
Todos sabem que dominar a mídia garante poder.
Mas levaram alguns passos a mais.
Por exemplo, Bob Enderle assume ser defensor da M$ até porque Gates lhe ajudou pessoalmente num certo ponto da carreira.
Laura Didio e Maureen O'Gara também já são consideradas casos patológicos.
Esta última inclusive publicou num site, com aprovação do diretor dela, os dados pessoais e da família, endereço, e até atribuiu atitudes à idade e religião de Pamela Jones, que mantém o Groklaw.
Todos os jornalistas colegas dela se demitiram, pois o diretor aprovara e sustentou a decisão, pois dá audiência.
Isso ainda poderá acabar no judiciário.
Conclusões
Incapaz de competir por méritos técnicos e comerciais, a M$ abriu frentes onde ela tem força, notóriamente na criação de novas leis e capacidade financeira para longos litígios judiciais.
Usa vários meios para preparar seu ataque jurídico, que pode estar próximo.
Mas afinal, o que você tem a ver com isso?
Para que toda essa teia de relações e fluxo de dinheiro de um lado para outro?
Para que toda essa manipulação jurídica?
Para que essa campanha FUD da M$?
O que lhe interessa tudo isso?
Simples.
O dinheiro não caiu do céu.
Vem de algum lugar.
Vem do seu bolso, mesmo que use programas piratas.
Siga o dinheiro, quando não conseguir entender os acontecimentos.
Já deverá ser suficiente para você visualizar o cenário de ação de forma mais ampla.
Há muitas frentes simultaneamente abertas.
É uma corporação com uma liquidez de caixa capaz de comprar países inteiros.
Ninguém brinca em serviço.
Processo antitruste e tomada de consciência
Em 1998, a M$ começou a ser processada pelo Departamento de Justiça (DoJ) norte americano, num processo que "aglutinou" vários processos movidos em Estados americanos.
Com isso, a M$ percebeu a necessidade de atuar no cenário político também.
Você poderá ver a cobertura completa dos processos envolvendo a M$ na seção MS litigation do site Groklaw.
Com a eleição de Bush, o processo acabou em pizza, como dizemos por aqui.
E o que a eleição de Bush tem com isso?
Continue lendo com atenção.
Constatação de um novo tipo de competidor
Não muito depois, ela constatou que havia um tipo completamente novo de competidor no mercado.
Para quem ainda não conhece o histórico, é fundamental ler atentamente todos os documentos, inclusive o FAQ onde se demonstra a autenticidade, da seção "Hallloween" deste site aqui para ter uma perspectiva global da história, ao longo dos anos.
É muito importante você conhecer história, pois alguns acontecimentos e atitudes são previsíveis num contexto.
Abertura da frente política e legal
Depois de você ter lido os documentos nos sites citados, você já começa a entender porque a M$ resolveu abrir mais duas frentes de ação relacionadas, a política e a legal.
Até o caso antitruste, ela não tinha influência política nem uma atitude muito proativa no cenário legal.
Lobby é regulamentado nos EUA
Uma diferença fundamental no quebra-cabeças é que a atividade do lobby é legal e regulamentada nos EUA.
Não há empecilho legal a pessoas físicas e jurídicas, desde que declarado aos órgãos devidos, em doar dinheiro a políticos a qualquer tempo.
Não apenas em campanhas eleitorais.
A qualquer tempo.
Este site aqui faz uma boa cobertura do assunto.
Doações da M$
Você pode ver em alguns sites como as doações dela (e outras) a políticos aumentaram geometricamente.
Este site aqui se dedica a analisar as doações legais a políticos.
Neste outro site aqui, você pode ver as listagens de contribuições durante as eleições de 1993 a 2002.
Adivinhe se houve doação para a campanha do Bush.
Influência no processo antitruste?
Assim que Bush assumiu, depois daquela "estranha" eleição de 2000 (você já viu o documentário do Michael Moore?), o governo dos EUA, que era parte de direito no processo antitruste, "magicamente" decidiu deixar de lado essa querela.
Ficou em banho maria, desistiu de muitas sanções e só faltou mandar arquivar o processo, que já estava nos estágios finais.
Será que houve alguma influência?
Patentes e sistema legal
Se você leu todos os documentos e fontes de informações até aqui citados, já percebeu que a M$ em data recente entendeu que não tinha mais como competir e vencer tecnicamente o novo competidor.
Vencer o oponente no campo dele, no jogo dele, e com as regras dele?
O mais surpreendente era que pareciam ser as regras dela também, até então.
Por isso ficaram desconcertados por algum tempo. Não muito.
Se o produto do concorrente é melhor, mais rápido, mais estável, mais flexível, mais seguro, mais barato, dá mais liberdade, mais opções, exige menos recursos, tem várias fontes de prestadores de serviços, formou várias fontes de suporte alternativas, e evolui muito mais rápido do que pode acompanhar, como se pode competir?
Logo percebeu que tinha de trazer a ação para outro campo, onde ainda era forte.
Um rápido inventário e descobriu os pontos fortes:
- A maior e mais eficaz máquina de marketing do planeta.
- Uma grande base instalada legada e refém do fornecedor.
- Um enorme capital em caixa.
- Uma força e meios de influência política.
- Uma grande máquina legal e jurídica que se aparelhou ao longo dos processos.
Patentes
A esquizofrênica lei de patentes americana que está sendo empurrada na Europa e querem fazer o Brasil engolir também. Já exportada para alguns países.
E o patenteamento de formatos e protocolos de arquivos e comunicações.
Não apenas dos programas.
Mas da comunicação.
É como patentear um idioma: ninguém mais poderá falar ou escrever português sem ter licença e ou pagar direitos de uso. Qualquer texto ou fala.
O governo da Noruega já percebeu a gravidade desse problema e anunciou sua decisão de adotar somente formatos abertos.
O sistema de patentes é tão absurdo que um advogado de patentes conseguiu patentear a roda.
Para entender, até com exemplos visuais, o tamanho do problema, é indicado examinar este site No Software Patents.
Uma explicação simplificada do termo muito impreciso "propriedade intelectual" pode ser vista aqui.
O termo vago confunde conceitos legais diferentes de marca registrada, direito autoral e patente. E quanto mais confusão, melhor fica para os espertos levarem vantagem em tudo.
Para você ter uma cobertura completa e análise do assunto, recomendo ler a seção de patentes do site Groklaw.
Para o jogo funcionar, é preciso patentear tudo, até o que já foi inventado por outros.
Como você pode constatar nos sites mencionados.
Uma informação importante é que depositar uma patente nos EUA e Europa é muito mais caro que no Brasil.
A última informação que tenho é que custava algo como US$ 20000.
Uma pequena e média empresa não tem como entrar nesse jogo.
As grandes empresas têm cacife e usam como tática de mútua destruição assegurada, a mesma da guerra fria.
"Eu não te processo se você não me processar. E você sabe que tenho poder de fogo. Então fica assim."
Padrões oficiais
Com patentes, outro flanco é atacar os padrões oficiais, "inserindo" patentes neles.
Você pode ler uma análise completa deste tipo de ação aqui.
Ética é apenas um ponto de vista.
E isso já foi demonstrado na vergonhosa história do SenderID, que você pode ver aqui, ressucitando das profundezas.
Agora está sendo tentado no formato XML, inventado por outros, que a M$ patenteou estendido no uord*.
Se a tática de "inserir" patentes nos padrões não funcionar, ela sempre pode voltar à comprovada tática de adotar, estender, distorcer, matar ou tornar refém.
O último passo é que pode variar, dependendo da estratégia em relação a algum padrão.
Por exemplo, pode querer destruir, como no caso do Java. A M$ foi proibida de usar o nome Java de tanto que deturpou a máquina virtual.
Ou pode querer tornar refém, como as medonhas modificações na autenticação de segurança Kerberos.
Para funcionar, ela alavanca a ação em sua máquina de marketing e na sua base instalada legada, já refém.
Percebeu como as táticas variadas se unem numa estratégia global?
Sistema legal
Leis e investigações
É nesse ponto que as peças começam a se montar, para formar o arsenal a ser usado nos passos seguintes.
Leia o artigo M$ attack money e você verá as descobertas medonhas que fizeram nos EUA.
Processos com base nas leis atuais
A SCO, uma empresa em fim de ciclo de vida, entrou num estranho jogo jurídico de processar seus próprios clientes, financiada com injeção de capital direta e indiretamente relacionada a M$ (vide a Baystar). Isso nem mais está em discussão.
Houve a tentativa de usar as leis existentes para de alguma forma declarar software livre ilegal nos EUA.
Surgiu um web log dedicado a esmiuçar as firulas legais e fazer uma investigação colaborativa , o Groklaw.
Com as provas trazidas à luz pelos milhares de participantes do site, nem uma vírgula tem escapado sem análise.
E o processo da SCO afunda, e se arrasta desesperadamente para mantê-la viva.
Ninguém acredita muito que vá chegar a algum lugar diferente do encerramento da SCO.
Bom, se com as leis atuais não conseguiu, o que fazer?
Simples, novas leis.
Processos com base nas leis futuras
Se você leu os documentos nos sites mencionados nos ítens anteriores, já percebeu que a M$ tem os meios e recursos para providenciar novas leis.
No final do documento citado no item "leis e investigações" você pode ver que até subsecretários de Estado estão de alguma forma ligados à M$.
Também já leu no item sobre Patentes que o lobby na Comunidade Européia atingiu proporções vergonhosas mesmo.
E lá não é regulamentada a atividade de lobby.
Todo mundo vê, todo mundo sabe, aparece na imprensa os nomes de todo mundo e acaba em pizza.
A empresa visa formar o arsenal jurídico para partir para o ataque no flanco legal com as leis aprovadas conforme sua conveniência.
O que isso impactará as pequenas empresas ( proprietárias também) e a comunidade livre?
A defesa num processo de patentes pode custar US$ 1milhão por ano nos EUA.
Isso é pago antes do julgamento.
Quantas pequenas empresas podem se defender contra apenas um processo de patentes?
Ela poderia recuperar depois de ganhar, digamos.
Mas e o capital de giro durante os anos (média 3) para julgar o processo?
E já que patentearam o duplo clique do mouse, a barra de rolagem, e até a instrução de programação "se A não é igual a B" (conceito, algoritmo, em todas as linguagens, até futuras), quantos processos uma micro empresa terá de se defender para desenvolver um programa de folha de pagamento?
Note, não é a aparência ou codificação (que já é protegida por direito autoral) o que patenteiam é a IDÉIA, O CONCEITO.
Lá até se patenteia idéia de negócios!
"Ninguém mais vai vender CD em banca de jornais, porque fulano patenteou o conceito."
"Ninguém mais vai fazer empréstimos a aposentados, porque Sicrano patenteou o conceito."
Logo, logo, até para ir na feira livre se deverá estar assessorado por um advogado.
Abertura de frente na Mídia
As aparições e citações na imprensa precisam ser favoráveis.
Com tanto caixa, acabou se tornando o maior anunciante de vários veículos.
Inclusive, possui alguns, como a MSNBC.
Você viu num artigo citado que Melinda French Gates possui assento no conselho diretor do tradicionalíssimo Whashington Post.
Todos sabem que dominar a mídia garante poder.
Mas levaram alguns passos a mais.
Por exemplo, Bob Enderle assume ser defensor da M$ até porque Gates lhe ajudou pessoalmente num certo ponto da carreira.
Laura Didio e Maureen O'Gara também já são consideradas casos patológicos.
Esta última inclusive publicou num site, com aprovação do diretor dela, os dados pessoais e da família, endereço, e até atribuiu atitudes à idade e religião de Pamela Jones, que mantém o Groklaw.
Todos os jornalistas colegas dela se demitiram, pois o diretor aprovara e sustentou a decisão, pois dá audiência.
Isso ainda poderá acabar no judiciário.
Conclusões
Incapaz de competir por méritos técnicos e comerciais, a M$ abriu frentes onde ela tem força, notóriamente na criação de novas leis e capacidade financeira para longos litígios judiciais.
Usa vários meios para preparar seu ataque jurídico, que pode estar próximo.
Mas afinal, o que você tem a ver com isso?
Para que toda essa teia de relações e fluxo de dinheiro de um lado para outro?
Para que toda essa manipulação jurídica?
Para que essa campanha FUD da M$?
O que lhe interessa tudo isso?
Simples.
O dinheiro não caiu do céu.
Vem de algum lugar.
Vem do seu bolso, mesmo que use programas piratas.
Siga o dinheiro, quando não conseguir entender os acontecimentos.
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